Por Marco Anônio Messere Gonçalves
Em um artigo anterior, falamos sobre como a questão do IOF no VGBL trouxe desafios, mas também oportunidades para quem enxerga a proteção e o planejamento de forma integrada. Esse movimento de transformação não para por aí.
Agora, o mercado brasileiro se prepara para receber o Seguro de Vida Universal (Universal Life), um modelo já consolidado nos Estados Unidos e que combina o melhor dos dois mundos: a proteção de um seguro de vida tradicional e a acumulação de uma reserva financeira de longo prazo.
A Consulta Pública aberta pela Susep em agosto de 2025 é o primeiro passo para a regulamentação desse produto, que promete mais flexibilidade para os clientes — seja na forma de contribuição, seja na adaptação da cobertura ao longo da vida. Embora ainda haja pontos a serem definidos, especialmente sobre tributação, a proposta tem potencial para modernizar o setor e ampliar o acesso ao seguro em diferentes perfis de renda.
Para os corretores, o Universal Life pode representar um marco estratégico semelhante ao que aconteceu com os planos de previdência privada no passado: um produto capaz de atender tanto quem busca proteção imediata, quanto quem precisa de planejamento sucessório e patrimonial. Mais do que vender apólices, será necessário construir estratégias personalizadas para cada cliente, unindo consultoria financeira e proteção.
Assim como no caso da previdência, o recado é claro: o mercado está mudando, e o corretor que souber interpretar essas mudanças e orientar seus clientes sairá na frente.